Concorrência global bate à porta! Como os e-commerces brasileiros podem enfrentar os gigantes internacionais?

24/04/2025
Carrinhos de compra frente a frente indicando marketplace brasileiros vs grandes asiáticos.

Em janeiro de 2025, marketplaces asiáticos como Shopee, Temu, SHEIN e AliExpress somaram mais de 639 milhões de acessos no Brasil, segundo levantamento da SimilarWeb, divulgado pelo InfoMoney. O número representa aproximadamente 40% do tráfego dos dez maiores e-commerces do país e acende um alerta. Os e-commerces brasileiros estão prontos para lidar com uma concorrência global cada vez mais agressiva?

Entre janeiro de 2024 a janeiro de 2025, o setor de importados no Brasil registrou um aumento de aproximadamente 68% no volume de acessos. Grande parte desse crescimento foi impulsionada pela rápida expansão da Temu, que estreou no mercado brasileiro em maio de 2024 e, em poucos meses, alcançou 142,9 milhões de visitas mensais, um salto impressionante de 11.000% no tráfego.

Mas o que está por trás desse crescimento avassalador? Preços ultra competitivos, ampla variedade de produtos, logísticas cada vez mais ágeis e uma experiência de compra fluida com foco em mobile, gamificação e promoções agressivas. Além disso, tem conquistado o consumidor brasileiro, que, em muitos casos, prefere esperar pela entrega do exterior a pagar mais caro no mercado local.

Diante desse cenário, não podemos ignorar esta pergunta, como os e-commerces brasileiros podem enfrentar os gigantes internacionais e seguir competitivos? 

Panorama atual: o crescimento dos marketplaces internacionais

A consolidação dos marketplaces internacionais no Brasil não se deve apenas a preços agressivos ou diversidade de produtos. Outro fator determinante para o crescimento dessas plataformas é sua habilidade em captar rapidamente os hábitos de consumo do público brasileiro. Com campanhas promocionais adaptadas ao calendário local, interfaces traduzidas e uma presença digital altamente estratégica, esses players globais se posicionam não apenas como alternativas de compra, mas como protagonistas no ambiente digital.

O que inicialmente parecia um movimento pontual de entrada estrangeira, hoje representa uma virada estrutural no setor de e-commerce nacional. Os marketplaces internacionais deixaram de ser apenas concorrentes e agora, influenciam diretamente a forma como o varejo brasileiro opera, se comunica e atrai o consumidor.

Enquanto essas plataformas ganham espaço, os e-commerces brasileiros enfrentam uma concorrência cada vez mais acirrada, especialmente nos segmentos de alta rotatividade. Pequenos e médios varejistas são os mais afetados, perdendo tráfego e visibilidade diante das campanhas massivas e da força de mídia dessas gigantes globais.

As fragilidades dos marketplaces asiáticos que poucos falam

Embora os marketplaces asiáticos avancem com força no Brasil, seu modelo de operação ainda apresenta fragilidades que podem ser exploradas como oportunidades pelos e-commerces brasileiros. Nem tudo é tão eficiente quanto parece, e o consumidor, cada vez mais atento, está percebendo isso.

Logística reversa ainda é um ponto fraco nas plataformas internacionais

Quando há necessidade de troca ou devolução, muitos consumidores enfrentam dificuldades, prazos longos e falta de suporte local. Essa fragilidade abre espaço para que e-commerces nacionais se destacam na pós-venda e políticas claras de devolução, fortalecendo a relação de confiança.

Falta de personalização cultural compromete a experiência do consumidor

Além disso, barreiras culturais e de linguagem ainda são um desafio. Apesar dos sites estarem traduzidos, a comunicação automatizada nem sempre considera expressões regionais, dúvidas comuns ou necessidades específicas do consumidor brasileiro. Essa falta de personalização abre caminho para marcas locais oferecerem experiências mais empáticas e humanizadas.

Percepção de vantagem fiscal afeta a confiança nas plataformas estrangeiras

Em seguida, outro ponto sensível é a falta de responsabilidade fiscal percebida pelo público. A sensação de que essas plataformas operam sob condições tributárias diferentes gera desconfiança em parte dos consumidores. E-commerces brasileiros podem se posicionar com mais transparência e compromisso social, valorizando a origem nacional, os fornecedores locais e o impacto positivo na economia.

Qualidade e procedência ainda geram dúvidas entre consumidores

Por fim, reclamações sobre itens que não correspondem às fotos, tamanhos incompatíveis ou materiais de baixa durabilidade são comuns nas redes. Isso reforça a importância de investir em curadoria de produtos, descrição detalhada e canais de contato direto com o cliente.

Brechas que favorecem os e-commerces nacionais

A resposta, portanto, não está em imitar os modelos internacionais, mas desenvolver propostas únicas, alinhadas às necessidades do público local. Uma das estratégias mais eficazes é o foco em nichos de mercado, onde o aprofundamento do cliente e entrega personalizada, se tornam diferenciais competitivos.

Também é fundamental investir em UX, performance e fidelização. Sites rápidos, intuitivos e otimizados para mobile, aliados a programas de relacionamento e comunicação transparente, elevam a experiência do cliente e aumentam a taxa de conversão.

Outro pilar estratégico envolve parcerias com fintechs e logtechs, que permitem modernizar operações, oferecer soluções de pagamento mais acessíveis, integrar carteiras digitais e otimizar prazos de entrega, pontos essenciais na disputa com os marketplaces.

Por último, a presença omnichannel não é mais um diferencial, e sim uma exigência do mercado. Estar disponível em múltiplos canais como: digital, redes sociais e aplicativos, exige planejamento e integração, gerando confiança, alcance e conveniência.

Virar o jogo exige mais do que reagir

Os desafios enfrentados pelos e-commerces brasileiros exigem decisões rápidas, embasadas em dados, alinhadas às tendências e, principalmente, conectadas com a jornada do consumidor. E para isso, contar com uma agência profissional em performance digital, faz A diferença!

A agência é responsável por identificar oportunidades invisíveis aos olhos de quem está dentro da operação, traduzem métricas em ações reais e ajudam a posicionar marcas de forma competitiva. No Brasil, já são diversos os casos de empresas que deram a virada com ajuda especializada que combinam tecnologia, criatividade e visão de mercado. Com a expertise de quem conhece o comportamento digital do consumidor brasileiro, a Nairuz atua como parceira de longo prazo.

Quando a visão certa encontra a execução certa, o crescimento deixa de ser acaso

O que parece inovação para o mercado, muitas vezes, nasce de um processo bem estruturado de observação, planejamento e execução estratégica, conduzido por quem vive o digital todos os dias. Essas parcerias vão além da consultoria. São alianças de longo prazo que combinam visão estratégica, domínio técnico e proximidade com o cliente, permitindo que o e-commerce evolua com segurança e assertividade.

De ajustes finos em UX até grandes viradas de posicionamento, o impacto de uma agência com repertório e visão de mercado pode redefinir o rumo de uma operação. Se a sua marca está diante de uma nova fase, seja ela de crescimento, reposicionamento ou consolidação, talvez este seja o momento de conversar com quem já ajudou outras empresas a se transformarem com solidez e resultado.

É hora de pensar como líder

A pressão imposta pelos marketplaces internacionais está obrigando os e-commerces brasileiros a saírem da zona de conforto. No entanto, este é o momento certo para assumir o protagonismo: liderar mudanças, inovar com consistência e crescer com inteligência.

O consumidor de hoje é mais exigente, mais conectado e menos fiel. Ele escolhe com base em conveniência, agilidade e personalização. Por isso, as marcas que conseguirem transformar dados em decisões, canais em experiências integradas e relacionamento em fidelização real sairão na frente.

Se o seu e-commerce quer não só acompanhar a transformação do mercado, mas liderar essa virada, talvez seja hora de caminhar ao lado de quem entende de performance, dados e construção de marcas no digital. Porque quem pensa como líder, escolhe parceiros que entregam mais do que resultados.

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