
Recentemente, fomos impactados com a notícia de que haveriam mudanças na Meta (empresa controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp). Tendo como porta-voz o Mark Zuckerberg, seu cofundador, a empresa anunciou reajustes significativos em suas políticas de moderação de conteúdo. E no Brasil, a repercussão foi imediata. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que as redes sociais só poderão operar no país se respeitarem a legislação nacional e não contribuírem para a disseminação de notícias falsas.
Essa medida gerou debates acalorados. Isso porque, enquanto alguns veem a iniciativa como uma forma necessária de fiscalizar o ambiente digital, especialistas alertam para possíveis impactos além das interações pessoais, afetando diretamente pequenos negócios e o ecossistema de marketing digital, que se tornaram essenciais para vendas e conexão com clientes.
Raphael Mattos, especialista em marketing digital, negócios e empreendedorismo, compara a possível suspensão dessas redes à retirada abrupta de vitrines digitais. Pois isso prejudicaria diversos empreendedores que dependem exclusivamente da internet, especialmente após a pandemia.
Contexto das mudanças na Meta
No último mês, a Meta anunciou o encerramento de seu programa de verificação de fatos nos Estados Unidos, substituindo-o por um sistema denominado “Notas da Comunidade”. Nesse novo modelo, os próprios usuários adicionam contextos às postagens, visando promover um ambiente mais democrático e participativo na moderação de conteúdo.
A decisão de descontinuar as parcerias com organizações independentes de checagem de fatos teve justificativa do seu CEO, Mark Zuckerberg. Em outras palavras, ele argumentou que o sistema anterior apresentava viés político e resultava em censura excessiva. Afirmou, ainda, que a mudança busca retornar às raízes da empresa, priorizando, assim, a liberdade de expressão.
Diante disso, a Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou esclarecimentos à Meta sobre a possibilidade de extensão dessas mudanças ao país. A instituição externou sua preocupação com os potenciais impactos na disseminação de desinformação e nos direitos fundamentais dos usuários.
Em resposta, a Meta esclareceu que, no momento, as alterações estão sendo implementadas apenas nos Estados Unidos. A empresa reiterou seu compromisso com a transparência, os direitos humanos e a liberdade de expressão. Aproveitou também para afirmar que continua a priorizar a segurança e a privacidade dos usuários em suas plataformas.
Impactos para pequenos negócios e profissionais de marketing
Sem dúvida, as plataformas como Instagram, Facebook e WhatsApp tornaram-se essenciais para pequenos negócios, freelancers e startups. Afinal, eles utilizam ferramentas como, por exemplo, campanhas, vídeos explicativos e comunidades permitindo-lhes competir de forma equitativa com grandes empresas, fidelizar clientes e expandir sua presença no mercado.
De acordo com Mattos, uma suspensão abrupta dessas redes poderia causar um efeito dominó em diversos setores. Profissionais como estrategistas digitais, produtores de conteúdo e gestores de tráfego pago, que dependem diretamente do conteúdo online, seriam significativamente prejudicados.
Além disso, há quem cogite a possibilidade de que essas plataformas se tornem menos confiáveis para interação. Isso, por sua vez, levaria o público a migrar para outros espaços digitais considerados mais seguros. Outra consequência possível é que a empresa não consiga sustentar suas novas diretrizes por muito tempo, devido a regulações emergentes nos países onde opera, como aqui no Brasil, por exemplo.
Marcos Carvalho, empresário e especialista em marketing digital, comenta que essas transformações são vistas como etapas naturais no desenvolvimento de uma tecnologia que já revolucionou o mundo diversas vezes e que pode ser modificada em resposta à maneira como a sociedade a percebe e decide utilizá-la.
A decisão de uma plataforma de promover ou não a disseminação de informações verificadas e baseadas em fatos, combatendo, portanto, a desinformação em todas as suas formas, é uma escolha estratégica de uma empresa privada. Essa decisão sofre influência de motivos econômicos e acarretará consequências jurídicas futuros.
Portanto, é fundamental que empresas e profissionais estejam atentos a essas mudanças e considerem diversificar suas estratégias digitais para mitigar possíveis impactos negativos.
Alternativas e estratégias para negócios
A possível interrupção das plataformas da Meta no Brasil evidenciou a dependência tecnológica de muitos negócios e ressaltou a necessidade de diversificar os canais de atuação. Raphael Mattos sugere que, diante dessa crise, as empresas podem encontrar oportunidades de inovação ao investir em novas estratégias. Ela incluem SEO, explorar marketplaces, apostar no e-mail marketing e fortalecer a presença em outras redes sociais, como YouTube e TikTok.
Contudo, essa transição apresenta desafios significativos, especialmente para pequenos negócios que dependem de campanhas personalizadas e dispõem de recursos limitados. A migração para canais alternativos, muitas vezes menos acessíveis e eficazes, pode ampliar a distância competitiva entre grandes empresas e negócios emergentes.
Esse cenário destaca a importância de desenvolver estratégias resilientes e bem planejadas para mitigar os riscos associados a uma possível paralisação digital. Enquanto o país acompanha os desdobramentos das negociações entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e a Meta, é crucial que as empresas estejam preparadas para adaptar suas operações e garantir a continuidade de suas atividades no ambiente digital.
Possíveis cenários futuros
Por fim, as recentes mudanças nas políticas de moderação de conteúdo da Meta têm gerado preocupações significativas no mercado publicitário. Bruno Almeida, CEO da US Media, destaca que essa decisão ocorre em um momento em que a responsabilidade social das plataformas digitais está em destaque. Ele relembra o movimento #StopHateForProfit de 2020, quando grandes marcas boicotaram a Meta devido às suas políticas de moderação.
Almeida também menciona o caso do X (antigo Twitter), onde a gestão de Elon Musk resultou em uma perda de cerca de 50% da receita publicitária, exemplificando os riscos associados à falta de controle sobre o conteúdo e à disseminação de desinformação. Ele questiona quais serão as consequências dessa decisão para a Meta.
Diante desse cenário de incertezas, é fundamental que as empresas estejam preparadas para se adaptar às constantes transformações do ambiente digital. A Nairuz, agência especializada em marketing digital e tecnologia, possui uma equipe de profissionais qualificados que compreendem profundamente o mercado digital. Oferecemos estratégias personalizadas para que sua empresa não apenas se adapte, mas também prospere em 2025 e além.
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