Foi-se o tempo quando a internet era a “terra de ninguém”. O ciberespaço ganhou esse apelido por conta da falta de leis que regiam o mundo virtual. Os internautas tinham poucas – ou quase nenhuma – garantias de que as informações compartilhadas online estavam realmente protegidas.
Porém, como o mundo hoje acontece no ambiente online e com grande quantidade de dados que geramos todos os dias, a proteção das informações é uma das preocupações crescentes do mundo atual. Precisávamos de uma garantia legal de que nossos dados não estavam simplesmente compartilhados com outras empresas ou que eles não seriam utilizados sem a nossa permissão.
Para que estes e outros problemas tivessem uma solução foi criada a LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados, a qual garante o respeito à privacidade do usuário, assim como a proteção dos direitos básicos humanos para certificar as boas práticas no ambiente online.
Mas, como essa lei afeta as empresas e marcas que atuam no mundo virtual? Vamos descobrir lendo este post!
Como as empresas estão lidando com as novas regras?
Assim que a LGPD entrou em vigor no Brasil (e no mundo todo, cada país com as suas leis específicas) as empresas que atuam no ambiente online viram crescer a necessidade de se adequar ao novo regulamento. O que, aparentemente, tem sido um grande problema para as empresas brasileiras.
De acordo com uma matéria publicada pelo site Exame, “LGPD: privacidade e proteção de dados como diferencial de mercado”, uma pesquisa apresentada pela RD Station mostrou que nem todas as marcas estão trazendo a nova lei para a cultura empresarial.
Entre todas as empresas entrevistadas para a pesquisa, apenas 15% delas já praticavam as normas estabelecidas pela lei. O que demonstra que ainda existe uma certa resistência por parte das marcas, talvez por não saber ainda como contornar essa situação.
Entretanto, outras grandes marcas como a Apple e o Facebook, estão apostando fortemente em políticas de privacidade. Se antes era possível rastrear os usuários através de aplicativos e monitorar seus comportamentos através da geração de dados, agora isso ficou muito mais difícil.
Muitos aplicativos estão oferecendo a opção de só usar o monitoramento durante o uso deste. Dessa forma, gerando um déficit enorme para as empresas que dependiam dessas informações.
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Como os dados são usados no Marketing Digital?
Especialmente em agências de Marketing Digital que são customer centric e data driven, os dados fazem um papel muito importante na cultura da empresa.
Já falamos um pouco dessas culturas em outros posts aqui no blog. Mas, resumindo, quando uma empresa é data driven todos os dados que são coletados através de ferramentas especializadas ajudam no planejamento de estratégias de Marketing Digital mais assertivas para que as metas sejam alcançadas.
Além disso, se você tem o consentimento do usuário para o envio de qualquer material, seja por email ou por WhatsApp, é possível estabelecer uma relação de confiança com esse possível cliente. Caso contrário, pode ter certeza que a sua mensagem será bloqueada e você perderá uma oportunidade de venda.
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Por isso, existem algumas práticas que te ajudarão a manter um bom relacionamento com os seus clientes e leads, mas sem deixar de seguir a Lei Geral de Proteção de Dados:
- Mantenha a transparência entre você e os seus clientes;
- Saiba justificar a necessidade de todas as informações que você está pedindo;
- Peça somente as informações que são essenciais para a sua empresa;
- Tenha processos os mais transparentes possíveis;
- Implemente a cultura da privacidade na sua empresa;
- Comece a produzir um conteúdo com uma linguagem mais abrangente, dessa forma será possível se comunicar com mais pessoas ao mesmo tempo;
- Sempre valide os e-mails, não mande nada sem autorização do lead ou do cliente.
O mundo digital está em constante evolução, não só em relação a tecnologia, mas também as consequências que são resultados destas transformações. Por isso, é preciso estar sempre atento às novidades, assim sempre deixando a sua marca à frente dos concorrentes.
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